Há uma tendência generalizada de se atribuir maior importância a determinados problemas do que a outros, somente porque é mais fácil lembrar de certas ocorrências deles. Essa prática tem importantes consequências para o ativismo em defesa dos seres sencientes. Nosso ativismo deveria focar-se em atingir os melhores resultados possíveis. Entretanto, frequentemente falhamos nessa tarefa, pois focamos em tentar fazer a diferença na vida de seres dos quais temos maior facilidade de nos recordar, ou porque seguimos cursos de ação que são mais fáceis de evocar à mente.
Isso acontece, como já mencionado acima, quando damos maior importância àquilo que conseguimos lembrar mais facilmente, mesmo quando não é realmente o que é o mais importante. Esse processo é um viés importante, embora negligenciado, chamado de “heurística de disponibilidade”. Por causa da seriedade de seus efeitos no ativismo de defesa animal, publicamos um novo artigo que explica esse viés cognitivo e por que deveríamos tentar eliminá-lo. Você pode ler esse artigo aqui:
Este texto complementa outros já publicados anteriormente sobre como vieses cognitivos podem afetar a maneira como avaliamos a importância do que acontece ou do que pode acontecer aos seres sencientes, além de afetar nossas estimativas sobre como ajudá-los. Nossos artigos sobre “insensibilidade ao alcance” e “raciocínio motivado e viés de confirmação” são dois exemplos.
Publicaremos mais artigos sobre outros vieses ao longo desse ano.