Comida vegana para animais

Comida vegana para animais

Para que os produtos de origem animal sejam obtidos, danos terríveis precisam ser infligidos a um grande número de animais. Ninguém aceitaria sofrer esses danos em si próprio em troca de desfrutar do benefício de usar esses produtos. Por essa razão, a exploração animal para obter esses produtos é uma injustiça, a qual rejeitaríamos completamente se agíssemos de uma maneira justa e imparcial, e que é mantida somente devido à prevalência do especismo.

Embora tenha sido demonstrado que é perfeitamente saudável para os humanos consumirem uma dieta vegana em todos os estágios da vida, menos é conhecido sobre o fornecimento de alimentos veganos a animais como cães e gatos. Entretanto, as mesmas razões que poderiam mostrar que os seres humanos tem a obrigação de abandonar produtos de origem animal também se aplicam a outros animais, como por exemplo aqueles com quem vivemos. Atualmente, um gigantesco número de animais são explorados e assassinados para se fazer comida para outros animais. Isso significa que alguns são explorados e outros não, simplesmente porque esses outros parecem mais simpáticos, ou porque são mantidos como “animais de estimação”.

Alimentando alguns animais com outros animais

A situação que ocorre se adotarmos e alimentarmos um animal com alimentos que contém outros animais é análoga a outra situação hipotética de adotar digamos, vinte animais (por exemplo, vinte gatos ou vinte cachorros), e matar 19 animais para alimentar apenas um deles.

Felizmente, no entanto, isso não precisa ocorrer. Existem várias marcas de alimentos veganos fortificados disponíveis que cobrem todas as necessidades nutricionais de cães e gatos. Portanto, a opção que é consistente com respeitar todos os animais envolvidos consiste em alimentar os animais com comidas que não contenham produtos de origem animal. Recusar-se a fazê-lo quando opções veganas seguras e nutritivas estão disponíveis demonstra uma preocupação por alguns animais em particular e uma desconsideração por muitos outros.

O argumento em poucas palavras

O argumento para não alimentar animais usando outros animais é, no fim das contas, muito simples. Podemos começar simplesmente considerando a seguinte questão: devemos nos opor a explorar os animais, algo que lhes causa sofrimento desnecessário e os mata? Se os animais não humanos são seres moralmente consideráveis e que não devem ser discriminados a resposta precisa ser “sim”. Essa é a razão pela qual devemos rejeitar o que acontece nas fazendas, redes de pesca e matadouros, onde trilhões de animais sofrem terrivelmente e são mortos quando são muito jovens. Mas, então, deveríamos rejeitar isso em todos os casos, quando é feito para produzir carne para humanos e também quando é feito para dar carne a outros animais. Em nenhum desses casos é necessário, e nenhum deles previne algum dano pior do que aquele que causa.

Dietas veganas bem planejadas para animais não humanos são saudáveis

Deve-se notar que. embora a maioria daqueles que vivem com animais não humanos vivem com cães ou gatos, há animais de muitas outras espécies que podem ser adotados, como roedores e coelhos, e que podem ser alimentados facilmente com uma dieta vegana. Mas, como há tantas pessoas que vivem com gatos e cachorros, vamos nos concentrar no modo como esses animais em particular podem ser alimentados.

Como nós, os gatos e cães precisam consumir certos nutrientes, e não alguns alimentos específicos. Por essa razão, não é necessário que comam produtos de origem animal. Tanto os cachorros como os gatos podem se desenvolverem e se manterem nutridos com dietas veganas completas e razoavelmente equilibradas e também podem experimentar uma série de benefícios para a saúde, como a condição da pelagem melhorada, controle de alergia, controle de peso, aumento da saúde geral e da vitalidade, regressão da artrite, regressão do diabetes, resolução de catarata, e diminuição das incidências de câncer, infecções e hipotireoidismo.

Embora os gatos, ao contrário dos cães, sejam considerados animais que precisam comer carne, os produtos à base de plantas também podem atender suas necessidades de nutrientes. Nutrientes que anteriormente se acreditava serem apenas derivados de animais já podem ser facilmente obtidos de outras fontes. Nutrientes como DHA / EPA, vitaminas D e B, e até mesmo aminoácidos essenciais para gatos como a taurina, são comumente adicionados a alimentos para gatos de fontes que não são animais. Os produtos veganos seguros para gatos são submetidos a um rigoroso controle de qualidade e certificação que cumprem ou excedem aos níveis exigidos de todos os nutrientes-chave enquanto são totalmente digeríveis, palatáveis e biodisponíveis. Um número crescente de produtos comercialmente disponíveis para gatos visa atender a esses requisitos, sendo recomendados por muitos veterinários nutricionistas.

As vítimas da chamada indústria do “pet food”

Foi estimado que vários bilhões de peixes, com um peso total de 2.478.520 toneladas, sejam mortos todos os anos com o objetivo de preparar alimentos enlatados para gatos. O peso total dos peixes que são vítimas para alimentar gatos e cachorros é, de fato, maior, uma vez que essas estatísticas não incluem o alimento enlatado para gatos na China, nem os alimentos ou lanches para cães, ou os peixes que são diretamente dados como comida para muitos cães e gatos1. Essa estimativa é feita em toneladas por causa da dificuldade de calcular o número total de peixes que são mortos.

Além disso, os peixes não são as únicas vítimas, já que os porcos, frangos, vacas, bezerros e outros animais também são mortos para alimentar cães e gatos. Podemos pensar que isso não está fazendo com que esses animais sejam explorados e morram, ou pelo menos nem sempre, porque os alimentos para cães e gatos geralmente são feitos com subprodutos da indústria da carne, como por exemplo restos de carcaças e animais que morrem antes de chegar ao matadouro.

No entanto, isso é enganoso. A venda desses produtos para alimentar cães e gatos torna a indústria da carne mais rentável, assim como faz a venda de couro. Isso resulta em mais animais sendo mortos. Dessa forma, o uso de produtos à base de carne para alimentar cães e gatos leva vários bilhões de animais a serem mortos a cada ano.

Como fornecer produtos veganos para animais

Existem várias marcas de alimentos veganos e guloseimas para cães e gatos no mercado. Existem também várias marcas não veganas com uma seleção de produtos veganos para cães e gatos. Milhares de pessoas, assim como abrigos de animais, têm utilizado esses alimentos com sucesso por pelo menos 20 anos. Cães e gatos alimentados por produtos veganos são capazes de manter uma boa saúde e atingir uma idade avançada.

Abaixo estão algumas marcas de alimentos veganos para cães e gatos. Na maioria dos casos, seus produtos podem ser encomendados online.

Amì

Benevo

Greta

Vegdog

VeggieAnimals

Yarrah: Organic Vega

Respostas a objeções comuns a alimentar animais com alimentos veganos

Fornecer comida vegana para cães e gatos implica em fazer julgamentos morais negativos sobre eles?

De forma alguma. Não alimentar cães e gatos com certos alimentos que contêm outros animais, ou prevenir que cães e gatos ataquem e matem outros animais não implica que os predadores sejam “malvados” e que os animais de presa são “bons”. É um erro pensar assim. Esses animais não devem ser responsabilizados pela forma como eles se comportam. Entretanto, ao matar animais para alimentar outros animais que vivem conosco, somos nós que estamos prejudicando os animais com os quais alimentamos os cachorros e gatos. E, ao contrário da maioria dos predadores, podemos raciocinar e decidir que isso é injusto.

Além disso, é importante notar que é bom impedir que sofrimento e morte ocorram mesmo quando não somos nós que os causamos, e mesmo quando alguém está causando-os sem ser culpado por disso. Nós já reconhecemos isso no caso dos seres humanos, por exemplo. quando intervimos para impedir que uma criança aja de uma maneira que possa trazer consequências ruins para ela ou para os outros.

Prevenir os animais de comer outros animais significa que estamos tendo um interesse sentimental nos animais mortos, em vez de sermos imparciais entre os diferentes animais?

Se temos fortes sentimentos em relação a alguém, isso sozinho não mostra que favorecer ela ou ele é correto, ou se é injusto para com os outros. Isso não significa que todo e qualquer sentimento que tivermos é errado. Mas, significa que não deveríamos fazer o que nossos sentimentos nos levariam a fazer quando são egoístas, ou nos inclinam a sermos injustos. Seria injusto para com gatos e cachorros lhes fornecer comida vegana se o fato de ter uma dieta vegana fosse um dano maior para eles do que o dano causado aos animais mortos servidos como alimento. Mas, isso não é assim.

Alimentar cachorros e gatos com comida vegana não é não natural?

Os humanos muitas vezes microchipam, vacinam, desvermifugam, livram de pulgas, esterilizam e castram gatos e cachorros e os mantêm em casa, porque acreditam com razão que tais medidas ajudam a proteger o bem-estar desses animais. Todas essas medidas corretas mostram que podemos fazer muitas coisas não naturais para os animais não-humanos que são muito boas para eles.

“Natural” não significa necessariamente melhor ou correto. Existem muitos exemplos de coisas não naturais que são boas, como mencionado no parágrafo anterior. Além disso, existem muitos exemplos de coisas naturais que são ruins, incluindo doenças, sofrimento, e todos os danos que podemos sofrer devido a causas naturais. Há também muitos comportamentos que ocorrem na natureza que são considerados amplamente inaceitáveis como estupro, assassinato e infanticídio. Esses comportamentos mostram que o que é natural não coincide necessariamente com o que é justo, e não podemos concluir, que pelo fato de que um certo comportamento ser natural, ele seja justificado. Afirmar que “é assim que as coisas são, a natureza é assim”, não nos diz nada se essas coisas são boas ou não. Tentar indicar como as coisas devem ser apenas dizendo como as coisas simplesmente acontecem é injustificável. É claro que “a natureza” como tal não é um agente que consegue julgar as coisas como boas ou ruins, mas aqueles que têm a capacidade de refletir sobre isso podem, em vez disso, decidir agir para tornar o mundo um lugar melhor, em vez de um lugar pior. Evitar a exploração animal é uma maneira de fazer isso.

Ao oferecer comida vegana a animais não humanos não estamos impondo o nosso estilo de vida e antropomorfizando os animais?

Nessa objeção, há uma confusão sobre o significado do termo “antropocêntrico”. O antropocentrismo é a visão de que os interesses humanos contam mais do que os de outros seres sencientes. Devido a isso, é enganoso chamar de “antropocêntricas” visões e ações que não almejam isso, somente porque são conduzidas por humanos. Se a alimentação dos animais à base de alimentos veganos fosse feita para promover interesses humanos às custas de prejudicar os animais não humanos haveria uma boa razão para rejeitá-la. Mas, o fato de os humanos fazerem algo não significa que seja antropocêntrico. Se o fato de uma ação ser realizada por humanos necessariamente a tornasse errada, teríamos que concluir o absurdo de que todas as ações humanas possíveis seriam erradas (independentemente de que outras razões pudessem ser apresentadas a seu favor).

De acordo com essa posição, teríamos que rejeitar não só a posição que prescreve dar a comida vegana aos animais, também deveríamos rejeitar a posição que é contrária a ela (já que ela viria de humanos também). Isso mostra que a acusação de antropocentrismo não faz sentido aqui.

Os proponentes dessa acusação de antropocentrismo poderiam argumentar que, se uma decisão for tomada pelos humanos, ela promoverá necessariamente os interesses humanos e nada mais. Isso, no entanto, é falso. Existem muitas formas diferentes de intervenções humanas que já são realizadas por indivíduos motivados pela preocupação com o bem dos animais.

Tudo isso deixando de lado que, mesmo quando o objetivo tem uma preocupação exclusiva com os seres humanos, a ação em si pode ser boa para os animais não humanos também. Quando os seres humanos vacinam animais não humanos contra a raiva com o objetivo exclusivo de proteger os seres humanos de serem infectados com a doença, tal ação tem um objetivo exclusivamente antropocêntrico. Entretanto, mesmo neste caso, os interesses realizados não são exclusivamente humanos, uma vez que os animais vacinados também se beneficiam em não contrair a raiva.

Fornecer uma dieta vegana bem planejada e bem equilibrada para animais não humanos pode ser benéfica para os mesmos, que desfrutarão de vidas saudáveis, e é ainda mais benéfico para todos os outros animais que não serão mortos para alimentar outros animais. Essa é a razão (especialmente a segunda) para promover o alimento vegano para animais, e não tem nada a ver com o antropocentrismo.

A ética não se aplica apenas às relações onde os seres humanos estão envolvidos, e não às relações entre animais não humanos?

Essa objeção tem vários problemas. Primeiro, ela assume que não há nenhuma relação entre nós, os animais que comem outros animais. e aqueles que são mortos e comidos por eles. Mas sempre que temos a possibilidade de afetar o curso dos eventos, temos uma responsabilidade em relação a tais eventos. Pode parecer que nós não estamos implicados com outros indivíduos não humanos em tal situação, que não se originou de nossas ações. Mas, como as nossas omissões (e não apenas as nossas ações) são também o resultado de nossas escolhas, temos uma relação com esses animais. Portanto, isso é de fato uma questão ética. O que deveria ser levado em conta é em que medida certos indivíduos são prejudicados, e que ser prejudicado é moralmente importante.

É também um erro supor que os atos praticados por indivíduos que não são agentes morais não criam responsabilidade nos agentes morais que podem intervir em uma situação. Como já foi apontado, se essa afirmação fosse verdadeira, os humanos não teriam que intervir quando duas crianças ameaçassem se matar com uma arma, ou quando alguém contraísse uma doença. “Mas crianças são seres humanos e os animais não são”; pode-se alegar. O problema é que essa resposta é especista.


Leituras adicionais

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Notas

1 De Silva, S. S.; Turchini, G. M. (2008) “Towards understanding the impacts of the pet food industry on world fish and seafood supplies”, Journal of Agricultural and Environmental Ethics, 21, pp. 462-463.