Doenças na natureza

Doenças na natureza

Essa página é sobre as maneiras pelas quais as doenças podem afetar os animais que vivem na natureza. Para informações sobre como são as vidas dos animais na natureza, veja nossa seção sobre a situação dos animais na natureza.

Pense no imenso sofrimento que as doenças causavam aos humanos antes do advento da medicina moderna. Essa é a situação dos animais na natureza. Os danos que as doenças causam são piorados pela falta de acesso a tratamento e, por vezes, pela falta da oportunidade de descansar e se recuperar. Além dos seus efeitos debilitantes na habilidade do corpo de funcionar e se recuperar, moléstias e doenças podem aumentar os efeitos negativos das condições ambientais e outros estressores enfrentados pelos animais selvagens. O resultado pode ser um aumento no sofrimento e na quantidade de mortes1.

Cada animal possui apenas uma quantidade finita de energia em um dado momento, e precisa então fazer escolhas com ganhos e perdas. É possível que animais que estão morrendo devido a uma doença escolham utilizar sua energia para se reproduzir, em vez de lutarem contra a doença. Isso significa que os animais de espécies que fornecem cuidado parental podem não conseguir cuidar de seus filhotes quando estão doentes, e deixam os seus filhotes mais vulneráveis depois que morrem2.

Comportamentos de doente

Muitos animais evoluíram para evitar mostrar sinais de doença. Os animais que parecem fracos ou vulneráveis são os alvos principais de predadores. Além disso, aqueles que vivem em grupos podem perder status social ou serem abandonados e deixados para se defenderem sozinhos justamente quando estão menos aptos para tal.

Alternativamente, algumas vezes os animais seletivamente exibem comportamentos de doente, como letargia e insônia. Isso acontece quando os comportamentos de doente não são causados pela própria doença, mas para conservar energia para lutar contra uma doença. Dependendo da época do ano e outras circunstâncias, mostrar sinais de doença pode reduzir as oportunidades de reprodução ou tornar impossível defender um território valioso. Um animal pode tirar mais tempo para descansar e se recuperar fora de uma temporada de reprodução, em vez de tentar defender o seu território. Durante temporadas de reprodução, eles podem utilizar sua energia para se reproduzir e defender os seus ninhos ou tocas em vez de em tentativas de recuperação3.

Portanto, um animal pode estar sofrendo enormemente de uma doença ou enfermidades que não conseguimos reconhecer sem fazer exames médicos. À medida que mais pesquisas são feitas sobre como os animais são afetados pelas doenças na natureza, nosso conhecimento nessa área continua a crescer4. Enquanto isso, é digno de nota que existem sinais comportamentais reconhecíveis em alguns animais que estão tendo febre, sinais que incluem letargia, diminuição no apetite e disposição reduzida. Apesar disso, como mencionado antes, os animais podem ter a habilidade de não exibir esses comportamentos se o custo é muito alto5. Os humanos podem também aprender bastante observando animais de grande porte em hospitais ou fazendo autópsias.

Algumas tecnologias não invasivas são sensíveis o bastante para identificar indicadores de saúde. Imagens e vídeos infravermelhos, bioacústica e análise de fezes, pelo, penas e pele podem fornecer informações sobre a dieta, movimento, interações, temperatura corporal, repouso e migração (ou não). Esses métodos podem funcionar em terrenos difíceis e em climas severos, e podem ser utilizados para coletar informações sobre membros de espécies escondidas e noturnas que seriam, de outra maneira, difíceis de serem observados. Por exemplo, a imagem térmica é utilizada para determinar as causas do animal mancar, de ferimentos e inflamações no sistema de locomoção, para diagnosticar doenças infecciosas e para avaliar os níveis de estresse6.

Alguns animais são totalmente difíceis de se observar, como animais pequenos que passam a maior parte de suas vidas escondidos debaixo do solo e invertebrados muito pequenos extremamente numerosos. Animais marinhos podem também ser difíceis de serem estudados por causa de suas quantidades e também porque é mais difícil estudá-los de maneira não invasiva. Como resultado desses fatores e de uma relativa falta de interesse em estudar o tópico, há uma tendência de se subestimar a quantidade de sofrimento causada por doenças na natureza. As doenças que podem ser transmitidas para humanos ou para animais domesticados são mais conhecidas7.

Há tantas doenças que afetam os animais não humanos na natureza que não é possível listá-las aqui. Algumas delas são doenças das quais os humanos podem sofrer também, como gripe, pneumonia, tuberculose, cólera, ebola, antraz, E. coli, salmonela, difteria e raiva. O câncer também é comum em animais, tanto terrestres quanto marinhos8. Algumas populações de baleias sofrem de câncer em taxas similares às dos humanos9. Outras doenças comuns que podem infectar os animais que vivem na natureza são: cinomose, doença de perda crônica, febre suína africana, vermes, e uma variedade de infecções causadas por fungos. Infestações de parasitas também são comuns10, e são mais predominantes e severas em animais cujos sistemas imunológicos estão enfraquecidos por outros fatores, como uma doença infecciosa, o clima, subnutrição, mudanças corporais11 ou estresse devido a relações antagônicas com outros animais.

Doenças em invertebrados

No que diz respeito a doenças em animais, a maioria das pessoas não pensa muito sobre como os invertebrados podem sofrer. Os invertebrados contraem infecções bacterianas, virais e por fungos, assim como acontece com os outros animais. Algumas são muito específicas dos tipos de animais que elas infectam e não se espalham para os vertebrados, mas podem ser tratadas similarmente, com vacinas, antibióticos e antifúngicos12. Aqui estão algumas doenças comuns encontradas em invertebrados terrestres e marinhos.

Peste negra em borboletas

Uma das principais doenças que afeta as borboletas é o vírus de poliedrose nuclear, ou peste negra. É chamada assim porque aqueles afetados se tornam letárgicos e seus corpos começam a se decompor, tornando-se escuros. Suas partes internas então se liquefazem e escorrem de seu corpo em decomposição. O vírus geralmente ataca na fase de lagarta. Ele causa uma grande quantidade de estresse à lagarta, que se recusará a comer e pode regurgitar a comida. O vírus pode levar até três dias para matar a lagarta13. As gotas infectadas do corpo liquefeito se espalham facilmente pelas folhas e são em seguida espalhadas por parasitas, infectando as lagartas que comem essas folhas14.

Doença da carapaça da lagosta

Uma doença amplamente difundida que afeta grilos é conhecida como vírus da paralisia dos grilos. Os grilos infectados se tornam subnutridos, têm dificuldade para saltar, perdem coordenação e depois suas pernas se tornam paralisadas e eles caem por sobre suas costas, permanecendo deitados por alguns dias antes de morrer. Não está claro se isso causa algum estresse ou sofrimento ao grilo. Também pode infectar outros insetos e estirpes similares como abelhas e moscas. Se espalha por contato oral com fezes. O vírus foi pela primeira vez descoberto na Austrália, mas desde então, outras versões foram descobertas ao redor do mundo. É possível que não seja a mesma estirpe do vírus, mas os efeitos são os mesmos, matando até 95% dos indivíduos infectados15.

Doença da carapaça da lagosta

Lagostas podem contrair uma doença comum conhecida simplesmente como doença da carapaça. Lagostas saudáveis possuem uma camada protetora escorregadia que previne a carapaça de ser corroída por bactérias. Com a doença da carapaça, essa barreira desaparece, fazendo com que a carapaça comece a se corroer e se torne melanizada (isto é, mude de cor). Lagostas que vivem em águas mais quentes são mais susceptíveis. A doença em si não é sempre letal, mas pode causar à lagosta angústia e fraqueza, o que aumenta a vulnerabilidade a outros danos, como ferimentos e predação16.

Síndrome do vírus do ponto branco em caranguejos, lagostins e camarões

Vírus são extremamente comuns em ambientes marinhos. A síndrome do ponto branco é um vírus letal e altamente contagioso que afeta camarões, lagostins e outros artrópodes marinhos. Populações inteiras de camarões podem ser infectadas por apenas um ou dois camarões que contraíram o vírus. Os principais sintomas são pouca energia, falta de apetite e pequenos pontos brancos que aparecem por todo o seu corpo. Ela enfraquece enormemente o sistema imunológico e os animais geralmente morrem pouco após contraírem a doença. A doença se espalha por meio da água17.

Síndrome do abalone murcho

Abalones podem morrer de inanição devido à síndrome do abalone murcho, uma doença de desgaste. A doença é causada por bactérias que consomem o revestimento do trato digestivo dos animais infectados. Isso pode destruir as enzimas digestivas, impedindo o abalone de conseguir digerir a comida. Para sobreviver, o abalone consome sua própria massa corporal. Isso causa uma perda de músculo, resultando em uma aparência “murcha”. No seu estado enfraquecido, os animais infectados morrerão de inanição ou serão comidos por predadores. A doença é transmitida por meio de fezes transportadas pela água, e os abalones são mais susceptíveis a ela quando a temperatura da água sobe18.

Doenças e infecções em vertebrados

Temos um conhecimento maior sobre doenças que afetam vertebrados. Doenças de vertebrados tendem a ser mais facilmente estudadas porque os animais são maiores e sabe-se que muitas doenças de vertebrados são capazes de ser transmitidas entre uma variedade de vertebrados, incluindo humanos e animais domesticados. As doenças abaixo são uma amostra de doenças comuns em vertebrados.

Fibropapilomatose em targarugas marinhas

Fibropapilomatose é um vírus que infecta tartarugas marinhas. Causa o inchaço nos tecidos, endurecimento dos vasos sanguíneos e tumores nos olhos, cabeça, pescoço, nadadeiras e em múltiplos órgãos internos. Causa emagrecimento e suprime o sistema imunológico, o que torna a tartaruga susceptível a outras doenças e reduz sua habilidade de responder a outros estressores em seu ambiente. Apesar de poder desaparecer por si só, é frequentemente fatal. É disseminada por parasitas trematodos que agem como hospedeiros intermediários19.

Cólera e malária em aves

Assim como os mamíferos, as aves são suscetíveis à gripe. Também são frequentemente acometidas com cólera e malária, apesar de as estirpes serem diferentes. A cólera aviária é uma doença bacteriana comum em aves, tanto nas que vivem em climas temperados quanto nas que vivem em climas árticos. Muitas aves carregam a doença, mas esta se torna ativa apenas quando as aves estão física ou emocionalmente estressadas. A cólera pode causar perda de peso, secreção mucosa, diarreia e respiração ofegante. Frequentemente leva à pneumonia. Pode atacar o fígado, baço e pele, e causar artrite devido à inflamação. A cólera aviária pode ter uma taxa de mortalidade muito alta, especialmente quando se espalha pela primeira vez –por meio de uma colônia. Nos últimos cinquenta anos, a doença se disseminou tanto geograficamente quanto em termos das espécies que atinge, e surtos recorrentes são comuns. Ela se espalha pelo contato direto e por ingestão de água ou solo contaminado soil20. Climas muito frios ou cheias, que forçam as aves em regiões temperadas a deixarem seus lares, são estressores comuns que podem trazer à tona a doença em aves infectadas21.

A malária aviária, que pode ser fatal, é uma infecção parasítica que afeta aves. Em algumas populações, de 75% a 100% das aves são portadoras, mas a doença se manifesta apenas quando a concentração de parasitas alcança determinado nível. Aves jovens são mais susceptíveis à doença do que as adultas adults22.

Doença da perda crônica em cervos, alces e bisões

A doença da perda crônica é uma doença altamente contagiosa que ataca o sistema nervoso e múltiplos órgãos de cervos, alces e bisões, eventualmente criando buracos no cérebro23.
Pode levar mais de um ano para os sintomas se manifestarem. Os sintomas incluem perda de peso, desidratação, coordenação deficiente e perda do medo de humanos. É sempre fatal, e atualmente não existe nenhuma vacina ou cura para a doença. O solo e plantas contaminadas com sangue ou urina infectados podem infectar outros animais por até 16 anos24.

Cinomose

A cinomose é uma doença viral relacionada ao sarampo que ataca os sistemas gastrointestinal, respiratório e nervoso de mamíferos. É comumente associada a cães, mas também afeta muitos animais na natureza, incluindo guaxinins, raposas, gatos selvagens, cervos, macacos e focas. Os animais infectados podem exibir comportamentos similares àqueles causados pela raiva, incluindo salivar, andar em círculos, mastigação, falta de resposta ao ambiente e perda do medo de humanos. Pode causar febre, vômitos, convulsões e paralisia. O vírus é transmitido pela exposição ao ar, contato com saliva, e da mãe para o filhote por meio da placenta. É geralmente fatal. Aqueles que sobrevivem podem ter danos neurológicos permanentes25.

Doenças de pele em anfíbios, répteis e peixes

Anfíbios são susceptíveis a doenças de pele mortais, como infecções por fungos e ranavírus. A infecção aquática causada por fungos chamada quitridiomicose tem sido chamada de “a patogenia mais mortal já registrada”. Atinge sapos, salamandras e outros anfíbios em climas úmidos. O fungo come através da pele do animal, causa mudanças metabólicas e por fim mata o animal desencadeando uma parada cardíaca. Ela se espalha continuamente dos anfíbios imunes para aqueles que são vulneráveis26.

O ranavírus é uma doença de pele que afeta anfíbios, répteis e peixes. Tende a atacar anfíbios e répteis jovens, e é fatal aos animais susceptíveis. Causa hemorragia na pele e lesões na superfície de músculos e em múltiplos órgãos internos. O inchaço e a acumulação de fluídos são comuns, o que pode causar problemas de respiração e de flutuação. O vírus se espalha rapidamente e pode ser abrigado por anos por indivíduos resistentes que o transmitem. Uma população susceptível pode adquiri-lo devido à proximidade com uma espécie mais resistente. Ele pode ser transmitido por meio de contato direto, pelo solo e pela água. Pode ser disseminado entre peixes e sapos, e possivelmente se espalha entre répteis, anfíbios e peixes27.

Flores tóxicas de algas que afetam peixes, mamíferos e aves

Peixes, mamíferos marinhos, aves e morcegos são frequentemente afetados por substâncias químicas tóxicas produzidas por flores de algas nocivas. Animais terrestres também podem ser afetados. As toxinas danificam o sistema nervoso central dos animais e podem prejudicá-los seriamente ou matá-los28. Ela é disseminada por se beber ou nadar na água contaminada, por se comer as algas tóxicas, e respirar as moléculas transportadas pelo ar29.

Outras flores de algas não produzem toxinas, mas consomem oxigênio na água à medida que se deterioram, o que afeta a respiração de peixes e invertebrados. As algas em decomposição também podem ficar presas nas brânquias dos peixes e sufocá-los30.

Recursos

Os recursos a seguir listam alguns exemplos que dão uma noção melhor da escala do sofrimento causado por doenças entre os animais selvagens:

Animal disease information – Center for Food Security & Public Health

A-Z list of significant animal pests and diseases – Queensland Government

Animal disease information – United States Department of Agriculture

Information on aquatic and terrestrial animal diseases – World Organisation for Animal Health

Animal diseases – EPIZONE

Journal of Wildlife Diseases – Quarterly journal of the Wildlife Disease Association

Parasites and diseases – Alaska Department of Fish and Game31

As doenças na natureza são comuns e são exacerbadas pelas condições meteorológicas, estresse causado por infestações de parasitas, má nutrição ou medo. Os animais também tem de fazer escolhas que envolvem ganhos e perdas em relação à maneira como gastam sua energia. Nos casos em que eles têm apenas energia suficiente, ou para curar doenças, ou para se reproduzir, a reprodução geralmente é favorecida. Os animais que vivem em estado selvagem geralmente morrem de doenças que poderiam ser prevenidas ou tratadas. Para obter informações sobre como eles já estão sendo ajudados dessa maneira, consulte a nossa página Vacinação e tratamento de animais doentes e feridos.


Leituras adicionais

Bengis, R. G.; Kock, R. A. & Fischer, J. (2002) “Infectious animal diseases: The wildlife/livestock interface”, Revue Scientifique et Technique, 21(1), pp. 53-65 [acessado em 28 de novembro de 2016].

Bosch, J.; Sanchez-Tomé, E.; Fernández-Loras, A.; Oliver, J. A.; Fisher, M. C. & Garner, T. W. (2015) “Successful elimination of a lethal wildlife infectious disease in nature”, Biology Letters, 11 (11) [acessado em 27 de novembro de 2016].

Curtis, C. F.; Brookes, G. D.; Grover, K. K.; Krishnamurthy, B. S.; Laven, H.; Rajagopalan, P. K.; Sharma, L. S.; Sharma, V. P.; Singh, D.; Singh, K. R. P.; Yasuno, M.; Ansari, M. A.; Adak, T.; Agarwal, H. V.; Batra, C. P.; Chandrahas, R. K.; Malhotra, P. R.; Menon, P. K. B.; Das, S.; Razdan, R. K. & Vaidanyanathan, V. (1982) “A field trial on genetic control of Culex p. fatigans by release of the integrated strain IS-31B”, Entomologia Experimentalis et Applicata, 31, pp. 181-190.

Dame, D. A.; Woodward, D. B.; Ford, H. R. & Weidhaas, D. E. (1964) “Field behavior of sexually sterile Anopheles quadrimaculatus males”, Mosquito News, 24, pp. 6-16.

Daszak, P.; Cunningham, A. A. & Hyatt, A. D. (2000) “Emerging infectious diseases of wildlife – threats to biodiversity and human health”, Science, 287, pp. 443-449.

Delahay, R. J.; Smith, G. C. & Hutchings, M. R. (2009) Management of disease in wild mammals, Dordrecht: Springer.

Dobson, A. & Foufopoulos, J. (2001) “Emerging infectious pathogens of wildlife”, Philosophical Transactions of the Royal Society of London B: Biological Sciences, 356, pp. 1001-1012.

Gortázar, C.; Delahay, R. J.; Mcdonald, R. A.; Boadella, M.; Wilson, G. J., Gavier-Widen, D. & Acevedo, P. (2012) “The status of tuberculosis in European wild mammals”, Mammal Review, 42, pp. 193-206.

Gortázar, C.; Díez-Delgado, I.; Barasona, J. A.; Vicente, J.; de la Fuente, J. & Boadella, M. (2015) “The wild side of disease control at the wildlife-livestock-human interface: A review”, Frontiers in Veterinary Science, 1, A. 27, pp. 1-27.

Han, B. A.; Park, A. W.; Jolles, A. E. & Altizer, S. (2015) “Infectious disease transmission and behavioural allometry in wild mammals”, Journal of Animal Ecology, 84, pp. 637-646.

Harris, R. N. (1989) “Nonlethal injury to organisms as a mechanism of population regulation”, The American Naturalist, 134, pp. 835-847.

Hawley, D. M. & Altizer, S. M. (2011) “Disease ecology meets ecological immunology: Understanding the links between organismal immunity and infection dynamics in natural populations”, Functional Ecology, 25, pp. 48-60 [acessado em 27 de novembro de 2016].

Holmes, J. C. (1995) “Population regulation: a dynamic complex of interactions”, Wildlife Research, 22, pp. 11-19.

Hudson, P. J. & Grenfell, B. T. (2002) (eds.) The ecology of wildlife diseases, Oxford: Oxford University Press, pp. 1-5.

Knipling, E. F. (1979) The basic principles of insect population and suppression and management. USDA handbook, Washington, D. C.: U.S. Department of Agriculture.

Newton, I. (1998) Population limitations in birds, San Diego: Academic Press.

Ng, Y.-K. (1995) “Towards welfare biology: Evolutionary economics of animal consciousness and suffering”, Biology and Philosophy, 10, pp. 255-285.

O’Dea, M. A.; Jackson, B.; Jackson, C.; Xavier, P. & Warren, K. (2016) “Discovery and partial genomic characterisation of a novel nidovirus associated with respiratory disease in wild shingleback lizards (Tiliqua rugosa)”, PLOS ONE, 11 (11) [acessado em 28 de novembro de 2016].

Roser, M.; Ochmann, S.; Behrens, H.; Ritchie, H. & Dadonaite, B. (2018 [2014]) “Eradication of diseases”, Our World in Data, October [accessed on 2 December 2019].

Tompkins, D. M.; Dunn, A. M.; Smith, M. J. & Telfer, S. (2011) “Wildlife diseases: From individuals to ecosystems”, Journal of Animal Ecology, 80, pp. 19-38.

Williams, E. S. & Barker, I. K. (eds.) (2008) Infectious diseases of wild mammals, New York: John Wiley and Sons.

Wobeser, G. A. (2005) Essentials of disease in wild animals, New York: John Wiley and Sons.

Wobeser, G. A. (2012) Diseases of wild waterfowl, Dordrecht: Springer.

Wobeser, G. A. (2013) Investigation and management of disease in wild animals, Dordrecht: Springer.


Notas

1 Beldomenico, P. M.; Telfer, S.; Gebert, S.; Lukomski, L.; Bennett, M. & Begon, M. (2008) “Poor condition and infection: A vicious circle in natural populations”, Proceedings of the Royal Society of London B: Biological Sciences, 275, pp. 1753-1759 [acessado em 8 de abril de 2018].

2 Brannelly, L. A.; Webb, R.; Skerratt, L. F. & Berger, L. (2016) “Amphibians with infectious disease increase their reproductive effort: Evidence for the terminal investment hypothesis”, Open Biology, 6 (6) [acessado em 12 de novembro de 2019].

3 Lopes, P. C (2014) “When is it socially acceptable to feel sick?”, Proceedings of the Royal Society of London B: Biological Sciences, 281 [acessado em 14 de agosto de 2019].

4 Barlow, N. D. (1995) “Critical evaluation of wildlife disease models”, in Grenfell, B. T. & Dobson, A. P. (eds.) Ecology of infectious diseases in natural populations, Cambridge: Cambridge University Press, pp. 230-259. Branscum, A. J.; Gardner, I. A. & Johnson, W. O. (2004) “Bayesian modeling of animal- and herd-level prevalences”, Preventive Veterinary Medicine, 66, pp. 101-112. Nusser, S. M.; Clark, W. R.; Otis, D. L. & Huang, L. (2008) “Sampling considerations for disease surveillance in wildlife populations”, Journal of Wildlife Management, 72, pp. 52-60. Mcclintock, B. T.; Nichols, J. D.; Bailey, L. L.; MacKenzie, D. I.; Kendall, W. & Franklin, A. B. (2010) “Seeking a second opinion: Uncertainty in disease ecology”, Ecology Letters, 13, pp. 659-674. Camacho, M.; Hernández, J. M.; Lima-Barbero, J. F. & Höfle, U. (2016) “Use of wildlife rehabilitation centres in pathogen surveillance: A case study in white storks (Ciconia ciconia)”, Preventive Veterinary Medicine, 130, pp. 106-111.

5 Hart, B. L. (1988) “Biological basis of behavior of sick animals”, Neuroscience & Biobehavioral Reviews, 12, pp. 123-137.

6 Dunbar M. R. & MacCarthy, K.A. (2006) “Use of infrared thermography to detect signs of rabies infection in raccoons (Procyon lotor)”, Journal of Zoo and Wildlife Medicine, 37, pp. 518-523.

7 Simpson, V. R. (2002) “Wild animals as reservoirs of infectious diseases in the UK”, The Veterinary Journal, 163, pp. 128-146. Gortázar, C.; Ferroglio, E.; Höfle, U.; Frölich, K. & Vicente, J. (2007) “Diseases shared between wildlife and livestock: A European perspective”, European Journal of Wild Research, 53, pp. 241-256. Martin, C.; Pastoret, P. P.; Brochier, B.; Humblet, M. F. & Saegerman, C. (2011) “A survey of the transmission of infectious diseases/infections between wild and domestic ungulates in Europe”, Veterinary Research, 42 [acessado em 14 de setembro de 2019]. Zoonotic Disease Program (2019) “Animal transmitted diseases”, Washington State Department of Health [acessado em 26 de junho de 2019].

8 Albuquerque, T. A. F.; Drummond do Val, L.; Doherty, A. & Magalhães, J. P. de (2018) “From humans to hydra: Patterns of cancer across the tree of life”, Biological Reviews, 93, pp. 1715-1734 [acessado em 14 de agosto de 2019].

9 Martineau, D.; Lemberger, K.; Dallaire, A.; Labelle, L.; Lipscomb, T. P.; Pascal, M. & Mikaelian, I. (2002) “Cancer in wildlife, a case study: Beluga from the St. Lawrence estuary, Québec, Canada”, Environmental Health Perspectives, 110, pp. 285-292 [acessado em 14 de agosto de 2019].

10 Cole, R. A. & Friend, M. (1999) “Field manual of wildlife diseases: Parasites and parisitic diseases”, Other Publications in Zoonotics and Wildlife Disease, pp. 188-258 [acessado em 16 de abril de 2014]. Dantas-Torres, F.; Chomel, B. B. & Otranto, D. (2012) “Ticks and tick-borne diseases: A One Health perspective”, Trends in Parasitology, 28, pp. 437-446.

11 Lochmiller, R. L. & Deerenberg, C. (2000) “Trade‐offs in evolutionary immunology: Just what is the cost of immunity?”, Research Center for Ornithology of the Max‐Planck‐Society, 88, pp. 87-98.

12 Raukko, E. (2020) “The first-ever in­sect vac­cine Prime­BEE helps bees stay healthy”, News, University of Helsinki, 29.10.20 [acessado em 28 de fevereiro de 2021].

13 Hadley, D. (2019) “Why are monarch caterpillars turning black?”, ThougtCo, July 12 [acessado em 14 de agosto de 2019].

14 Stairs, G. R. (1966) “Transmission of virus in tent caterpillar populations”, Entomological Society of Canada, 98, pp. 1100-1104.

15 Liu, K.; Li, Y.; Jousset, F.-X.; Zadori, Z.; Szelei, J.; Yu, Q.; Pham, H. T.; Lépine, F.; Bergoin, M. & Tijssen, P. (2011) “The Acheta domesticus densovirus, isolated from the European house cricket, has evolved an expression strategy unique among parvoviruses”, Journal of Virology, 85, pp. 10069-10078 [acessado em 21 de agosto de 2019]. Szeleia, J.; Woodring, J:; Goettel, M. S.; Duke, G.; Jousset, F.-X.; Liu, K. Y.; Zadori, Z.; Li, Y.; Styer, E.; Boucias, D. G.; Kleespies, R. G.; Bergoin, M. & Tijssen, P. (2011) “European crickets to Acheta domesticusdensovirus (AdDNV) and associated epizootics”, Journal of Invertebrate Pathology, 106, pp. 394-399.

16 Groner, M. L.; Shields, J. D.; Landers, D. F.; Swenarton, J. & Hoenig, J. M. (2018) “Rising temperatures, molting phenology, and epizootic shell disease in the American lobster”, The American Naturalist, 192, pp. E163-E177 [acessado em 21 de agosto de 2019].

17 Sánchez-Paz, A. (2010) “White spot syndrome virus: An overview on an emergent concern”, Veterinary Research, 41 (6) [acessado em 21 de agosto de 2019].

18 Ben-Horin, T.; Lenihan, H. S. & Lafferty, K. D. (2013) “Variable intertidal temperature explains why disease endangers black abalone”, Ecology, 94, pp. 161-168. Friedman, C. S.; Biggs, W; Shields, J. D. & Hedrick, R. (2002) “Transmission of withering syndrome in black abalone, Haliotis cracherodii leach”, Journal of Shellfish Research, 21, pp. 817-824 [acessado em 21 de agosto de 2019].

19 Aguirre, A. A.; Spraker, T. R.; Balazs, G. H. & Zimmerman, B. (1998) “Spirorchidiasis and fibropapillomatosis in green turtles from the Hawaiian islands”, Journal of Wildlife Diseases, 34, pp. 91-98 [acessado em 21 de agosto de 2019].

20 Iverson, S. A; Gilchrest, H. G.; Soos, C.; Buttler, I. I.; Harms, N. J. & Forbes, M. R. (2016) “Injecting epidemiology into population viability analysis: Avian cholera transmission dynamics at an arctic seabird colony”, Journal of Animal Ecology, 85, pp. 1481-1490 [acessado em 19 de agosto de 2019]. Sander, J. E. (2019) “Fowl cholera”, Merck Manual: Veterinary Manual, Nov [acessado em 8 de dezembro de 2019].

21 Jenkins, M. (2017) “Why did nearly 4,000 birds die in the Yolo Bypass last week?”, CBS Sacramento, January 27 [acessado em 21 de agosto de 2019].

22 Dadam, D.; Robinson, R. A.; Clements, A.; Peach, W. J.; Bennett, M.; Rowcliffe, J. M. & Cunningham, A. A. (2019) “Avian malaria-mediated population decline of a widespread iconic bird species”, Royal Society Open Science, 6 (7), pp. 182-197 [acessado em 19 de agosto de 2019].

23 Salman, M. D. (2003) “Chronic wasting disease in deer and elk: Scientific facts and findings”, Journal of Veterinary Medical Science, 65, pp. 761-768.

24 Cordova, M. G. (2019) “Expert testifies on deadly deer disease to House committee”, Cornell Chronicle, July 1 [acessado em 14 de agosto de 2019].

25 Kameo, Y.; Nagao, Y.; Nishio, Y.; Shimoda, H.; Nakano, H.; Suzuki, K.; Une, Y.; Sato, H.; Shimojima, M. & Maeda, K. (2012) “Epizootic canine distemper virus infection among wild mammals”, Veterinary Microbiology, 154, pp. 222-229. Williams, E. S. & Barker, I. K. (eds.) (2008 [2001]) Infectious diseases of wild mammals, 3rd ed., New York: John Wiley and Sons, part 1.

26 Schelle, B. C.; Pasmans, F.; Skerratt, L. F.; Berger, L.; Martel, A.; Beukema, W.; Acevedo, A. A.; Burrowes, P. A.; Carvalho, T.; Catenazzi, A.; De la Riva, I.; Fisher, M. C.; Flechas, S. V.; Foster, C. N.; Frías-Álvarez, P.; Garner, T. W. J.; Gratwicke, B.; Guayasamin, J. M.; Hirschfeld, M.; Kolby, J. E.; Kosch, T. A.; La Marca, E.; Lindenmayer, D. B.; Lips, K. R.; Longo, A. V.; Maneyro, R.; McDonald, C. A.; Mendelson, J., III; Palacios-Rodriguez, P.; Parra-Olea, G.; Richards-Zawacki, C. L.; Rödel, M.-O.; Rovito, S. M.; Soto-Azat, C.; Toledo, L. F.; Voyles, J.; Weldon, C.; Whitfield, S. M.; Wilkinson, M.; Zamudio, K. R. & Canessa, S. (2019) “Amphibian fungal panzootic causes catastrophic and ongoing loss of biodiversity”, Science, 363, pp. 1459-1463.

27 American College of Veterinary Pathologists (2019) “Ranavirus”, American College of Veterinary Pathologists [acessado em 11 de outubro de 2019]. Miaud, C.; Pozet, F.; Grand Gaudin, N. C.; Martel, A.; Pasmans, F. & Labrut, S. (2016) “Ranavirus causes mass die-offs of alpine amphibians in the Southwestern Alps, France”, Journal of Wildlife Diseases, 52, pp. 242-252.

28 Pybur, M. J. & Hobron, D. P. (1986) “Mass mortality of bats due to probable blue-green algal toxicity”, Journal of Wildlife Diseases, 22, pp. 449-450 [acessado em 19 de agosto de 2019]. Castle, K. T.; Flewelling, L. J.; Bryan, J., II; Kramer, A.; Lindsay, J; Nevada, C.; Stablein, W.; Wong, D. & Landsberg, J. H. (2013) “Coyote (canis latrans) and domestic dog (canis familiaris) mortality and morbidity due to a Karenia brevis red tide in the Gulf of Mexico”, Journal of Wildlife Diseases, 49, pp. 955-964.

29 Roberts, V. A.; Vigar, M.; Backer, L.; Veytsel, G. E.; Hilborn, E. D.; Hamelin, E. I.; Esschert, K. L. V.; Lively, J. Y.; Cope, Y. R.; Hlavsa, M. C. & Yoder, J. S. (2020) “Surveillance for harmful algal bloom events and associated human and animal illnesses — One Health Harmful Algal Bloom System, United States, 2016–2018”, Morbidity and Mortality Weekly Report, 69, pp. 1889-1894 [acessado em 21 de agosto de 2020].

30 National Oceanic and Atmoshperic Administration (2016) “What is a harmful algal bloom?”, News & Features, National Oceanic and Atmoshperic Administration, April 27 [acessado em 21 de agosto de 2019].

31 Ver Spickler, A. R. (2016 [2004]) “Animal disease information”, The Center for Food Security & Public Health [acessado em 2 de outubro de 2019]; Queensland Government. Department of Agriculture and Fisheries (2017 [2010]) “A-Z list of significant animal pests and diseases”, Animal health, pests and diseases, Department of Agriculture and Fisheries, 04 Sep [acessado em 28 de outubro de 2019]; United States Department of Agriculture. Animal and Plant Health Inspection Service (2018) (2020 [2018]) “Animal disease information”, Animal Health, Animal and Plant Health Inspection Service, Nov 5 [acessado em 30 de novembro de 2020].